26/04/2012 às 10:38:41 por Marlene de Souza Ravaneda

As Sete Obras de Misericórdia Espiritual

Dar bom conselho. Todos precisamos de orientações, de aconselhamento de ajuda. Uma palavra certa, um bom conselho, uma orientação tem grande poder em nossa vida.
Pais, professores, médicos, padres, pastores, parentes, amigos, são bons anjos que nos ajudam a ver o que não vemos e nos encorajam em nossas decisões. Peçamos a luz do Espírito Santo para o dom do Conselho.
Ensinar os analfabetos. Ensinar, educar, orientar é um ato de amor misericordioso. Quanto ensino podemos oferecer aos filhos, aos estudantes e aos deserdados e vítimas da injustiça. Benditos sejam os p ais, os catequistas, os educadores, os comunicadores que pelo ensino elevem um povo, promovem as pessoas, difundem a cultura. Sofremos com tantos tipo de analfabetismo e com descuidos em relação à educação, à escala e à cultura. Quem ensina os outros já tem seu nome escrito no céu. Quem ama, tem misericórdia e por isso ensina e ajuda a transformar a realidade. Ensinar é uma obra de misericórdia.
Corrigir os que erram. Corrigir é mostrar a verdade, o bem, os valores, a retidão. Daí a importância da disciplina. Quem se omite em corrigir colabora com o mal, o erro, a decadência. Sem correção criamos crianças folgadas, prepotentes que depois serão delinquentes. Justificar o erro é insensatez. Saber corrigir é uma arte que precisamos aprender. Sem amor é difícil ter sucesso na correção. Corrigir é querer o bem, evitar o mal. Quem só quer agradar e buscar sucesso não tem coragem para corrigir e se torna cúmplice do mal. Corrigir é uma obra de misericórdia.
Consolar os aflitos. Consolar é ter sensibilidades com a dor alheia, é deixar –se afetar pela situação dolorosa do próximo, é elevar os sentimentos , confortar os corações. A consolação se demonstra em palavras e gestos, que ajudam a pessoa aflita a ter coragem, ânimo e esperança.
Consolar é aproximar-se, compreender, fazer companhia. Vivemos entre as tribulações do mundo e as consolações de Deus. Consolação é balsamo remédio, encorajamento, humanismo, afeto. Consolar os aflitos é obra de misericórdia.
Perdoar as ofensas. Quem perdoa reencontra a saúde, a paz, a alegria, a felicidade. O perdão restaura a convivência, restabelece a comunhão, cura das mágoas e ressentimento, libera de sentimentos destrutivos. O perdão tem o poder de nos recriar porque nos torna vitoriosos no bem, maduros afetivamente, sábios na convivência com os outros. Perdão é autopurificação e testemunho de amor incondicional. “Eu perdoo de coração ao irmão que me feriu”, disse João Paulo II em relação ao agressor que atentou contra a sua vida em 1981. Aquela mão que adotou como assassino de seu filho único nos ensina que o perdão é obra de misericórdia.
Suportar os defeitos. Quanto altruísmo, grandeza de alma e generosidade está em quem suporta os defeitos dos outros. Quanta compreensão e compaixão. Quanta sabedoria está na aceitação das fraquezas alheias. Quanta santidade de vida e maturidade humana. Quem assim age tem o dom da fortaleza porque não desiste nem esmorece diante de situações difíceis. Quem suporta os defeitos alheios demonstra ter um coração de mãe que esquece de si e acolhe o diferente. É ternura maternal. O espírito de fineza, a cordialidade existencial, a compaixão ilimitada para com as fraquezas, defeitos, limitações dos outros. Eis uma obra de misericórdia.
Rezar pelos vivos e mortos. Rezando pelos outros estabelecemos comunhão, oferecemos ajuda, colaboramos na solução dos problemas, nos fazemos próximos deles. Rezar pelos outros é um gesto de benevolência, de solidariedade, de altruísmo. Quem reza pelos ouros ajuda carregar o fardo dos irmãos, demostra nobreza de sentimento, promove o irmão, colabora com seu sucesso e vitórias. Podemos fazer muita ação social com a força da oração.

Dom Orlando Brandes, arcebispo de Londrina.

O perdão restaura a convivência, restabelece a comunhão, cura das mágoas e ressentimentos, liberta de sentimentos destrutivos. O perdão tem o poder de nos recriar.
 

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